Categoria: Segurança

PPCI – Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêncios

PPCI: entenda a sua importância e como deve ser elaborado

Criar um plano de segurança é uma das tarefas mais delicadas da gestão patrimonial. As dificuldades são proporcionais à operação, considerando o tamanho do perímetro, o volume de pessoas e a qualificação da sua equipe. Por isso, criamos este artigo para falar sobre uma das iniciativas mais importantes sobre o tema: o PPCI.

Caso ainda não conheça o programa, saiba que não há problemas. O nosso objetivo é justamente introduzi-lo ao tema. Aqui, você entenderá o que é o PPCI, por que é importante implementá-lo na sua operação, e como elaborar esse programa de maneira organizada, técnica e responsável. Então, não perca tempo e acompanhe!

O que é o PPCI?

A melhor forma de entender o conceito é começar por sua sigla, que serve para abreviar o plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios. Esse programa, além de elaborar rotinas de emergência para lidar com a situação em andamento, também define uma série de normas e boas práticas para evitar esse problema.

O PPCI foi criado para proteger ocupantes de espaços físicos, como escolas, hospitais, teatros e edifícios em geral. A missão do programa é tanto conscientizar quanto capacitar as pessoas em técnicas preventivas e combativas, minimizando a probabilidade de um incêndio, e os eventuais prejuízos, caso um aconteça.

 

Por conta disso, trata-se de uma das iniciativas mais importantes na gestão patrimonial. Sem isso, o edifício tem uma falha de segurança grave, que é uma população de consumidores, visitantes, funcionários ou afins sem nenhuma instrução protetiva, o que amplifica a ansiedade e os prejuízos em uma situação de incêndio.

 

Além desse fator de conscientização e preparo das pessoas, também existe a questão dos equipamentos. Um dos argumentos mais fortes propostos pelo programa é a instalação de sinalização adequada e dispositivos de prevenção e combate a incêndios por toda a extensão do edifício.

 

Aqui, falamos da elaboração de um mapa de riscos atualizado e da implementação de placas e orientações objetivas sobre o que fazer e como evadir do local. Além disso, também ocorre a instalação de equipamentos de todos os tipos, como portas corta-fogo, bolas extintoras, extintores tradicionais e por aí adiante.

 

No fim das contas, é importante reconhecer o papel fundamental desse programa, até mesmo, para a reputação do seu edifício. Frequentemente, o PPCI é visto com “maus olhos”, não pelo seu propósito, mas pela enorme quantidade de burocracia. Afinal, estamos falando de uma iniciativa que exige:

 

laudos;

formulários;

documentos;

autenticações;

taxas;

reformas;

investimentos;

vistorias.

Por fim, tudo isso é reunido em uma pasta e submetido à apreciação técnica do Corpo de Bombeiros. Apesar de tantos processos, requisitos e morosidades, é importante enxergar o programa pelo que ele de fato é: uma parte indispensável à segurança e à regularidade na gestão patrimonial.

 

Por que é importante implementar o PPCI?

Da forma como percebemos, existem pelo menos quatro razões que justificam a implementação desse programa: obrigatoriedade, proteção dos ocupantes, incremento técnico em segurança e preservação da reputação do edifício. Abaixo, explicamos cada um desses pontos em detalhes. Dê uma olhada!

 

OBRIGATORIEDADE

O PPCI não é algo opcional, que cabe aos gestores decidir. Na realidade, o plano é instituído como uma obrigação legal, em que toda instalação comercial e industrial deve implementar o programa. Por ser uma lei estadual, as regras e condições variam conforme o estado, sendo importante consultar o seu governo local.

 

PROTEÇÃO AOS OCUPANTES

Já aqui, temos a razão ética e moral. Garantir a proteção dos ocupantes é o pilar básico de qualquer boa construção. É por isso que a maioria das iniciativas do programa são voltadas à orientação e proteção das pessoas, tanto para que possam evitar os incêndios quanto para reagir a eles em segurança.

 

INCREMENTO À SEGURANÇA

Do ponto de vista técnico, o PPCI se concentra em dois objetivos. O primeiro é estruturar o local para dificultar a propagação do fogo. O segundo é disponibilizar soluções de controle e extinção — ou seja, provendo os equipamentos para que as pessoas possam combater de maneira segura e eficaz até a chegada dos bombeiros.

 

PRESERVAÇÃO DA REPUTAÇÃO

Por fim, o gerenciamento de risco reputacional. Afinal de contas, poucas coisas são tão prejudiciais à imagem de um edifício quanto um incêndio que poderia ter sido controlado — ou evitado por completo! Com o PPCI, a gestão aprimora a segurança de uma forma geral, protegendo as pessoas, os negócios e suas reputações.

Como elaborar o PPCI?

A melhor forma de garantir a eficácia desse programa é contratar uma empresa especializada no tema. Aqui, vale destacar que entre as várias facilities providas pela Verzani & Sandrini, a elaboração do PPCI é uma das mais importantes e requisitadas.

O PPCI deve incluir providências para implementar, controlar, monitorar e revisar os padrões de segurança contra incêndio. No mínimo, o documento deve incluir características gerais do edifício, plantas de emergência, procedimentos básicos para lidar contra incêndio e pânico e, por fim, a previsão para exercícios de simulação.

Além disso, devem ser discutidos melhoramentos nas saídas para a evasão de pessoas durante um incêndio, a contratação ou terceirização de equipes capacitadas para lidar com a situação imediatamente, o treinamento das pessoas para usar os equipamentos e a alocação estratégica desses dispositivos por todo o perímetro.

No fim das contas, o objetivo do PPCI é garantir todas as vulnerabilidades relacionadas a incêndios sejam sanadas. Apenas assim, com a implementação do programa, é possível conduzir uma gestão tranquila, que esteja regular do ponto de vista da lei, e moralmente correta, provendo segurança aos ocupantes e reafirmando o compromisso da sua gestão com a responsabilidade social.

Como pode notar, a iniciativa é muito exigente e complexa. Em um todo, a elaboração do PPCI exige dezenas de processos, organizações, treinamentos e implementações para garantir que tudo esteja em ordem. Em termos de segurança, é um procedimento mais delicado e exigente, até mesmo, que a realização de uma Cipa, comitê característico do tema organizado pelos técnicos de segurança.

Fonte: Blog Verzani & Sandrini

Incêndio dentro no condomínio

Descuidos simples podem dar início a incêndio dentro no condomínio

Incêndios domésticos são acidentes mais fáceis de acontecer do que se imagina. E o período de isolamento social acentuou esses perigos. Em março de 2020, época do decreto de quarentena em São Paulo, foram registrados 60% mais casos de incêndio em relação ao mesmo mês de 2019, segundo o Corpo de Bombeiros do estado.

As maiores causas estão relacionadas ao próprio comportamento dentro de casa. Eletrodomésticos e eletrônicos ligados de forma inadequada, fiações precárias ou mesmo adaptadores com muitas tomadas em uso são grandes culpados por princípios de incêndio, como cita a engenheira Edilma Silva, especializada em Segurança do Trabalho. “O uso do celular que está carregando, a panela esquecida no fogo e o vazamento de botijões dão muitos problemas”, completa.

Tais incidentes ocorrem em qualquer época do ano, embora o inverno e o tempo seco facilitem focos de incêndio em áreas externas, com vegetação. Nos condomínios, equipamentos de proteção e contenção das chamas são essenciais e, em muitos casos, obrigatórios —mas o tamanho e a complexidade do sistema anti-incêndio variam com o tamanho e o número de moradores. 

“A estrutura em si da edificação deve suportar o fogo por um período suficiente para que todos abandonem o prédio”, explica o engenheiro civil Alexandre Donato, da empresa Riber Fire, Engenharia de Combate a Incêndios. “Precisa também evitar que o fogo passe de um ambiente para o outro”, principalmente nas rotas de fuga e escadas de emergência.

Extintores e sinalizações com instruções para evacuar o prédio são necessárias em condomínios de qualquer tamanho, enquanto aqueles com mais de 750m² têm exigência de alarmes com acionamento manual. Os maiores podem também precisar de detectores —que podem ser de fumaça, mas também de calor ou radiação. Todos estes aparelhos também devem passar por manutenções periódicas, feitas por profissionais qualificados.

Estas e outras instruções (como o material das placas de sinalização, a altura dos extintores em relação ao chão e até mesmo o formato dos corredores nas escadas de incêndio) estão presentes entre as Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros, que variam entre os estados, e influenciam na emissão do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) no RS PPCI (Plano de Prevenção Contra Incêndio), necessário para a operação regular dos edifícios.

Eduardo da Silva Amorim é arquiteto e sócio proprietário na Comdominium Group Arquitetura e Engenharia, que é procurada por síndicos e administradores de prédios residenciais para planejar todo este sistema e garantir que tudo está de acordo com as instruções dos bombeiros. “Uma vez aprovado o projeto, o condomínio precisa manter todos os equipamentos funcionando”, explica. As luzes de emergência, por exemplo, não podem deixar de funcionar caso a energia do prédio acabe. 

 

Papel dos moradores

Apenas equipar o condomínio com sistemas de prevenção e combate a incêncios pode não ser o suficiente para garantir a segurança de moradores e funcionários. Cada pessoa que transita ou habita o local deve saber o que fazer se causar ou observar um princípio de incêndio, ou se ouvir um alarme soar.

Um grupo destes moradores e funcionários pode compor a brigada de incêndio, também exigida pelo Corpo de Bombeiros. Os brigadistas serão responsáveis pelas primeiras ações após a detecção do fogo, como socorrer outras pessoas e orientar o abandono do prédio —tarefas para as quais recebem treinamento de profissionais especializados em técnicas de emergências médicas e prevenção e combate a incêndio. 

“Seria totalmente interessante a educação dos demais moradores, que poderia ser feita pelos brigadistas”, sugere o engenheiro Alexandre Donato. “Recomendamos o treinamento das pessoas para que estejam preparadas para o abandono [do local].”

“Infelizmente, pouca gente participa”, complementa o arquiteto Eduardo da Silva Amorim. “Por isso, acho essencial manter a rota de saída sem obstáculos. Por isso, do meu ponto de vista, é mais importante que as pessoas conheçam as rotas de saída e consigam sair rápido do prédio do que tentar controlar o incêndio”.

Prevenção a incêndios

  • Incêndios domésticos costumam ser causados por equipamentos elétricos ligados de forma incorreta, fiações irregulares, extensões de tomada sobrecarregadas ou mesmo panelas esquecidas no fogão

  • Vazamentos de gás, encanado ou em botijões, também são grandes responsáveis

  • No inverno, o uso de aquecedores ou cobertores elétricos cria um risco adicional

Pegou fogo na panela?

Não jogue água! Em vez disso, tente abafar o fogo tampando o recipiente com muito cuidado. Isto permitirá cortar o fornecimento de oxigênio ao fogo e, assim, extinguir as chamas

NO CONDOMÍNIO

  • Extintores de incêndio e sinalizações de emergência são obrigatórios, e precisam seguir uma série de normas técnicas para serem reconhecidos pelo Corpo de Bombeiros

  • Especialistas alertam, porém, que é preciso ir além das exigências legais para ter um condomínio realmente seguro

KIT PROTEÇÃO

  • Alarmes de incêndio nas áreas comuns e nos corredores de cada andar

  • Detectores de fumaça, que devem ser mantidos limpos e sem obstrução

  • Luzes de emergência que funcionem em caso de falta de energia

  • Extintores sinalizados e recarregados, de fácil acesso e a pelo menos 10 centímetros do chão

  • Hidrantes, com mangueiras, esguichos ou sprinklers

  • Sinalizações em rotas de fuga, sempre luminescentes

  • AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) PPCI (Plano de Prevenção Contra Incêndio) em dia

PLANO DE AÇÃO

  • Não basta equipar o condomínio com alarmes, extintores e rotas de fuga se os moradores e funcionários não souberem como agir na ocasião de um incêndio. Considere:

  • Estabelecer um plano de abandono do prédio em caso de fogo e ensiná-lo para cada morador, fazendo simulações quando necessário;

  • Consultores, empresas até bombeiros podem fornecer treinamentos presenciais mais detalhados no condomínio;

  • Prédios residenciais com mais de 100 habitantes têm obrigação legal de montar uma brigada de incêndio, com moradores e funcionários, treinada para agir antes de todos numa emergência.

ALARME FALSO

  • Sempre que ouvirmos o alarme, devemos assumir que está, de fato, ocorrendo um incêndio, e nos prepararmos para evacuar o prédio

  • Alarmes falsos podem ocorrer por problemas técnicos ou pequenos acidentes, mas não devemos encarar todo alarme como falso

  • Uma confirmação de que o perigo é real pode não ocorrer até ser tarde demais

 

 

Fonte: Agora

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